O aumento significativo de grandes incêndios florestais na Europa e o impacto das alterações climáticas podem ter repercussões na resposta operacional de cada país. O projeto IGNIS acaba de ser lançado para melhorar a coordenação da resposta europeia, antevendo e ultrapassando possíveis obstáculos relacionados com a gestão de recursos, as diferenças nas estratégias e doutrinas de combate.
O IGNIS é coordenado pela ECASC - L’Ecole d’Application de Sécurité Civile (Valabre-França), em parceria com a ENB, o Corpo Nazionale dei Vigili del Fuoco (entidade máxima dos bombeiros italianos) e o Northumberland Fire and Rescue Service (corpo de bombeiros de Inglaterra).
Cada parceiro vai dispor de uma solução móvel de simulação que lhe permitirá realizar exercícios para testar procedimentos e cenários específicos de acordo com a realidade de cada país, bem como os objetivos e protocolos do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia.
Os dirigentes da ENB estão confiantes nos benefícios deste projeto: “acreditamos que o IGNIS vai proporcionar uma melhor preparação e coordenação durante as intervenções conjuntas de combate aos incêndios florestais”- refere José Ferreira, presidente da Escola.
Este projeto de dois anos conta com a aprovação da Direção-Geral da Ajuda Humanitária e da Proteção Civil (ECHO) e o apoio da Comissão Europeia com um orçamento compartilhado de mais de 650.000 euros.
A aposta da Escola que forma os bombeiros e outros agentes de proteção civil portugueses tem sido por diversas vezes reconhecida e referenciada internacionalmente. Desde que inaugurou, em março de 2015, um Centro de Simulação e Realidade Virtual considerado dos melhores do mundo nesta área e onde já se realizaram cerca de 20 cursos na área da gestão de operações para chefias e quadros de comando dos corpos de bombeiros.